Notícias sobre a agricultura familiar

Olá, pessoal!
Nesse momento de pós-eleições para o governo do Rio Grande do Sul, faz-se importante mencionar notícias relativas à agricultura familiar no Estado e no Brasil. Em especial, temos a proposta de criação de uma secretaria específica para a agricultura familiar no RS, pelo governador eleito, Tarso Genro.
A agricultura familiar, de acordo com dados do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada-, órgão vinculado a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, identifica dados importantes levantados pelo Censo Agropecuário de 2006, em que esse estudo aponta grandes deficiências na zonal rural, tal como índices de analfabetismo cerca de 3 vezes superior no campo, bem como questões de discrepância de salários entre o trabalhador urbano e rural, sendo esse desfavorecido em termos de rendimentos, além de evidenciar indicadores sobre falta de saneamento como sendo preocupantes para os dias atuais. Ainda assim, temos na força da agricultura familiar brasileira, sendo essa detendora de 24% da área produzida, a responsável pela maior parte da produção de algumas variedades de alimentos no país.
Logo, esse é um assunto merecedor de muita atenção das diretrizes públicas e temos, na promessa de nosso futuro governador, a especial análise de questões que versam sobre a agricultura familliar no estado com a criação desta secretaria. Abaixo segue o link da notícia:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Economia&newsID=a3067990.xml

Excelente notícia Lú!

Lembro que aqui pertinho de nós, em São José do Norte, existem várias famílias que vivem da agricultura, produzindo, entre outros produtos, a Cebola. São José do Norte possui a triste classificação de ser o Município com maior índice de analfabetismo do Estado.

Aproveito para registrar que o Senac é executor de um curso de artesanato utilizando como matéria prima escamas de peixe. Este curso foi solicitado pela comunidade e oferecido pelo Governo do Estado através do Programa Emancipar. Um dos objetivos é a geração de produtos artesanais com identidade local para estimular turistas adquirirem lembranças da cidade.

Márcia, que outros cursos há que possam ter como público produtores familiares. O turismo parece crescer nesta região. Há alguma coisa sobre isso?

Olá Professor,


Alguns cursos são oferecidos para estimular a criação de produtos que sejam possíveis de ser comercializados para que sirvam como fonte alternativa ou complementar de renda. Não atuamos especificamente na área rural, pois está atividade é atendida pelo SENAR. Mas trabalhamos em alguns projetos que atendem a comunidade como um todo. Um curso que já oferecemos foi o de "Produção e Comercialização de Produtos Reciclados". Neste curso uma das atividades é aprender a reciclar papel e os alunos confeccionaram um papel reciclado com detalhes de casca de cebola. Este papel foi utilizado para confeccionar o convite para autoridades da FEARG do ano de 2008. O primeiro convite foi entregue a Governadora do Estado.

Estas atividades também visam valorizar a criação e desenvolver a confiança dos alunos em seu trabalho valorizando sua auto-estima.

Em Santa Vitória estamos trabalhando neste período com curso de Tear.

Estou à disposição para compartilhar outras informações.

Abraços

Marcia

Olá, pessoal!
Abaixo segue uma reportagem com o Diretor de Política Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento-CONAB-, sobre a aquisição de produtos da Cosulati por essa se tratar de uma cooperativa que possui, em sua maioria, cooperados classificados em agricultura familiar. Em entrevista na página 4, Sílvio afirma o interesse em continuar firmando acordos com organizações que agregam os agricultores familiares, pois essas organizações, a exemplos das Cooperativas, tendem a se firmar como parceiros por excelência na implementação de políticas públicas.

http://www.cosulati.com.br/site/content/revista/Recado_373.pdf

Que boa notícia. Isso precisaria ser estendido para todas as compras visando a merenda escolar, por exemplo. Não seria ótimo?

Professor, como meu pai é produtor rural, me lembrei que ele havia me comentado algo sobre as compras de merenda escolar dos produtores que se encaixam em agricultura familiar e busquei a notícia para confirmar. Segundo o site que segue abaixo, a Lei, criada há um ano, determina a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na compra de produtos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural para a alimentação escolar. Segue a notícia:
http://www.fomezero.gov.br/noticias/mda-lanca-site-com-informacoes-sobre-a-lei-da-alimentacao-escolar
Inclusive, por conta de o governo estar investindo em pesquisas e no desenvolvimento dessa modalidade de agricultura, ele me comentou que a Cosulati, especificamente, em breve irá aumentar os preços pagos apenas a agricultores que se encaixam nesse modal, mas como não encontrei a notícia em um outro momento (quando encontrar ela, claro..rsrs) eu posto aqui, ok.
Abraços

É verdade. A lei determina que se compre 30%, mas melhor seria que as compras das prefeituras cobrissem 100%. Isto representaria um mercado institucional capaz de impulsionar de vez o setor com uma demanda crescente, preços competitivos, rentabilidade, etc., fora os efeitos multiplicadores no emprego e na renda. Seria excelente.