Repasso para vocês alguns números sobre a produção de leite a nível de SC, Brasil e Mundial. Estes dados foram extraídos de palestra proferida pelo Francisco Heiden (EPAGRI/ICEPA).
Mais informações em: http://cepa.epagri.sc.gov.br/
- A produção mundial de leite no ano passado foi de 700 bilhões de litros. O brasil produziu 4,2% deste volume, ou seja, 28 bilhões de litros.
A Índia é o país que mais leite produz, com 15,6% da produção mundial, ou seja, 109 bilhões de litros.
Já a Nova Zelândia ( que tanto medo nos causa) produz 2,3% do total, equivalendo a 16 bilhões de litros.
No Brasil, 6 estados produzem 74% da produção nacional, a saber: MG com 28%; RS com 12%; PR e GO com 10% cada um; SC com 8% e por fim SP com 6%.
SC produz 0,35% da produção mundial de leite
No período 2003-2008, o aumento médio anual da produção brasileira de leite foi de 4,4%, enquanto que a evolução da produção catarinense foi de 9,8%, a mais alta do país.
No período 2000-2009 o volume de leite entregue às indústrias catarinenses aumentou cerca de 190%
Cerca de 72% da produção catarinense de leite se dá à oeste do Rio do Peixe.
No período 1995-2006 em SC aumentou em 15% o número de vacas ordenhadas e em 8% as propriedades que vendem leite.]
Da produção de leite em SC, 12% se dá em propriedádes com área até 10ha; 33% em estabelecimentos com área de 10 a 20ha; 40% em estabelecimentos com área de 20 a 50ha e 14% em propriedades maior de 50ha.
Esse cenário demonstra a importância e ao mesmo tempo a forte tendência à problemas advindos da concentração da atividade leiteira nas unidades de produção familiar de Santa Catarina. Algumas situações já são visíveis como o excesso de animais por unidade familiar devido ao limitado espaço para a expansão da bovinocultura de leite nas pequenas propriedades, a degradação dos recursos naturais (água e solo) devido a problemas de manejo (compactação, erosão, produção de silagem na mesma área, produção de dejetos, etc.). Em relação ao mercado, a fusão/incorporação de pequenas agroindústrias e laticínios por empresas que dominam esse mercado e a instalação de novas plantas agroindustriais conduzem cada vez mais a transformação do leite em commodity, com as consequências conhecidas (redução do valor recebido pelos agricultores, formação de grandes conglomerados, verticalização, entre outros processos que dificultam a permanência de pequenos produtores neste sistema)
É esperado que esta situação catarinense apresente, provavelmente, um comportamento semelhante também nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná, devido às características homogêneas em relação à Agricultura Familiar.